Stories.

as pseudo-escritoras

Duas raparigas que , ligadas por uma profunda amizade e por uma enorme paixão pela escrita, decidiram, involuntariamente, numa monótona e triste noite, escrever algo diferente, algo que as viciou. Algo que dura até hoje. Ana Campos & Nicole Morais (L)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Capítulo II (Parte V)

N: Ela queria mais, não conseguia saciar todo aquele desejo numa só noite. Queria mais, e por muito tempo. Afinal não foi só um encontro. Foi o encontro . Será que ele pensava da mesma maneira? Eram estas as perguntas daquela doce rapariga, depois daquela noite. Amanhã? Amanhã tiro o dia para ti, quero mais que isto, e só aceito um não, se não quiseres mesmo voltar a estar comigo.
G: Gustavo, embevecido com toda aquela ternura, apenas lhe responde – Não irás levar um não. Afinal, isto não foi "por acaso". Não fui um encontro, foi o encontro.
N: Então é para combinar? E não resiste a beijar o seu pescoço doce.
G: Ainda não me deste o teu número. – Pega-lhe no queixo, eleva-o e dá-lhe um beijo suave nos lábios.
N: Pois não. – sorri. Onde é que está a caneta?
G: Está aí no porta-luvas. Escreve?
N: Assim que teve a caneta em sua posse, e com um ar malicioso, começou a pensar onde iria escrever o seu número. "num papel é demasiado vulgar", pensava ela, "mas onde escrevo? ". Até que, encantada com a sua própria ideia, clicou a caneta, pô-la a jeito, aproximou-se do corpo nu do Gugu e, sem ele dizer nada, começou a digitar o número no peito, do lado esquerdo. Onde a memória irá ficar, não só do número escrito, como de uma noite tão bem passada como aquela. Está. - sorri e beija-o.
G: Ele ficou encantado; a timidez dela dera lugar à malícia. "isso só pode significar algo", pensou. Deixou-se levar pelo beijo doce que ela lhe dera e começou tudo de novo.
N: Nicole sabia perfeitamente que Gustavo, ao mesmo tempo que a beijava, e a colava ao seu corpo como se fossem um só, pensava em como ela era ao início da noite, e no que se foi tornando no decorrer das horas. Mas ele sabia que não era mau, ela encantava-o! E toda aquela ternura nos gestos que trocavam, mostravam que não queriam mesmo ficar por ali.  Mas ambos tinham, ainda, um pouco de receio do amanhã. Mas, ao mesmo tempo, sabiam que podiam vivê-lo intensamente.
As horas passaram, a imagem daquele carro, com aqueles dois corpos unidos pelo desejo, ficou gravada, e parecia ter parado no tempo. O sol nasceu, e eles ainda ali permaneciam.
Como o amor que, quando é verdadeiro, nunca desaparece; fica no mesmo sítio e, especialmente, intacto, mesmo que tenha começado "por acaso"!

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