Stories.

as pseudo-escritoras

Duas raparigas que , ligadas por uma profunda amizade e por uma enorme paixão pela escrita, decidiram, involuntariamente, numa monótona e triste noite, escrever algo diferente, algo que as viciou. Algo que dura até hoje. Ana Campos & Nicole Morais (L)

sábado, 21 de maio de 2011

Capítulo II (Parte II)

N: Então, a menina que tem sentada à sua frente, hum ... Posso tratá-lo por tu? – pergunta com algum atrevimento.
G: Não vejo mal nenhum nisso. Mas só com uma condição. – brinca Gustavo.
N: Condição? – pergunta Nicole, confusa. Qual?
G: Tem de me deixar tratá-la por tu, também. – e ri.
N: Oh, mas isso não é uma condição, é uma obrigação, ahah! Mas é claro que pode também.
G: Ainda bem. – diz Gustavo, com a língua de fora. Então vá, diz-me como é a menina que está aqui comigo. – e sorri, já curioso.
N: Então... Sou a Nicole, tenho 20 anos e, neste momento, estou no 1º ano de faculdade.
G: Uau, muito bem. E estás no primeiro ano de quê?
N: Na área da Saúde.
G: Já estás a ganhar pontos. – brinca. Já escolheste? – questiona Gustavo, acerca do prato que Nicole iria escolher.
N: Estou a ganhar pontos? Então? Sim, eu vou pedir Ensalada Mexicana Fresca. Parece-me bem, e apropriada para esta noite – rindo – e tu?
G: Então… Tens um nome francês, c'est trés chique, és mais novinha que eu e também estás na faculdade, numa área tão importante como essa... – aprecia. Vou pedir o mesmo. Adoro esse prato! Ganhaste mais pontos – e solta uma gargalhada.
N: Tenho um nome bonito, admite lá? – Nicole acabara de entrar na onda de Gustavo, e brinca também. Sou mais nova que tu? – pergunta espantada. Que idade tens? É a minha área de sonho desde pequena. Uau, estou a ver que esta noite vou estar sempre a "ganhar pontos" – responde envegonhada.
G: Pois tens, admito. És… Eu tenho 21; é só um aninho – confessa, Gustavo. Fico contente por teres alcançado um sonho! – e sorri. Parece-me que sim. E isso agrada-me!
N: Ahah, eu também gosto. Ah ok, é só um ano. Por momentos assustaste-me. – brincou. Eu aprecio bastante esta área, e espero ter muito sucesso!
G: Agora pareceste uma daquelas adolescentes rebeldes a falar. Eu acho q vais ter. Acho mesmo – e aperta a mão dela, soltando-a de imediato e ficando embaraçado.
N:Pareci? Porquê? – pergunta, estupefacta. Hum... – de seguida, Nicole baixa o seu olhar e solta um riso meio leve, muito envergonhado.
G: Sim. Porque vieste jantar com um homem que não conheces de lado nenhum, entraste no carro dele e nem sabias a sua idade… E, provavelmente, nem te lembras do meu nome. – brinca, mas falando a sério.
Se ganhar tantos pontos quanto tu, no final da noite dás-me o teu número de telefone? Só se quiseres repetir a saída, é claro.
N: Oh, posso dizer o mesmo de ti... Gustavo. Achas que me esquecia? – e sorri. Adoro o nome! – diz, completamente deliciada. Se continuar a correr como está a correr até agora, dou sim.
G: Mas eu sou homem. Não é ser machista, mas tu é que devias ter medo. É isso mesmo... Ainda bem que gostas, assim consegues fixá-lo melhor. – e pisca-lhe o olho. Vamos lá ver se não meto a pata na poça, então.
N: Olha que eu também podia dar-te motivos para desconfiares de mim. Já não me esqueço, descansa. – Nicole retribui a piscadela.
G: Então dá-mos. – desafia-a.
N: Oh, não consigo… Não tens motivos para desconfiares de mim. – brinca.
G: Eu sabia! Estavas a tentar enganar-me. Eu vi logo! Tens querida escrito na testa. – depois da brincadeira, Gustavo assume a posição de quem elogia quem e aprecia a personalidade de Nicole.
N: Ahahahah – ri Nicole, repleta de gargalhadas que quase fazem uma melodia. Devo tomar isso como um elogio?
G: Claro. Disse-o com essa intenção.
N: Ahah, então fico muito agradecida! Mas sim, era incapaz de te enganar. – e torna a recorrer à piscadela do olho, para o tranquilizar.
G: Ainda bem, porque não estamos aqui para isso... – e eis que chega o jantar.
N: Obrigada. – remete para o empregado de mesa. Hum, tem bom aspecto.
G: E sabe ainda melhor.
N: Então cá vou eu experimentar! Se não gostar, já sabes, perdes uns pontos, - brinca - porque tiveste um pouco de peso na minha escolha!
G: Ai tive? Isso é injusto; nem fui eu q cozinhei, ahah.
N: Mas disseste que era um bom prato!
G: E para mim é. – sorri.
N: Humm… É sem dúvida muito agradável.
G: Eu disse. Tens de confiar em mim.
N: Quem disse que não confio? – sorri. Então mas e tu, o que me contas?
G: Conto-te o que quiseres saber. – admite Gustavo, com o enorme sorriso na cara.
N: Tudo? – pergunta Nicole, com uma curiosidade enorme.

Sem comentários:

Enviar um comentário