Stories.

as pseudo-escritoras

Duas raparigas que , ligadas por uma profunda amizade e por uma enorme paixão pela escrita, decidiram, involuntariamente, numa monótona e triste noite, escrever algo diferente, algo que as viciou. Algo que dura até hoje. Ana Campos & Nicole Morais (L)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Capítulo II (Parte I)

Passaram-se algumas horas, até que estava na altura de Nicole sair de casa para se encontrar com Gustavo na sua rua.
Assim que recebe um toque na campainha de sua casa, Nicole apressa-se para ir à janela e ver se era o rapaz. E era mesmo! Desceu como que apressada, e assim que chegou perto dele, diz com um sorriso:
N: Boa noite!
G: Olá! Que bonita - elogia Gustavo com um sorriso muito bonito.
N: Obrigada! – diz Nicole, envegonhada - Também está muito bonito!
G: Este jantar merecia isso – diz, piscando o olho. Então, está pronta?
N: Que simpatia! Prontíssima, vamos?
G: Claro! (Ele abre a porta do carro à senhora.)
N: Obrigada pela gentileza! – diz Nicole com um sorriso suave - Qual é o destino?
G: De nada, é merecida! Vamos ao Terreiro do Paço, comer num mexicano, com vista para o rio. – e sorri. Ou prefere ir a outro lado? Esta noite levo-a para onde quiser.
N: Não, não. Por mim está óptimo! Só pela descrição, parece-me ser bastante agradável – diz Nicole, já bastante curiosa pelo local e pelo jantar em si.
G: Eu acho que é. É mesmo pertinho do rio, até se ouve as ondas - acrescenta Gustavo, como se estivesse a juntar cada vez mais coisas agradáveis para aquela noite.Eu não costumo levar lá muita gente, por isso só espero q confie na minha opinião.
N: Assim o farei com todo o prazer! – diz, sorrindo.
G: Ainda bem! Se lhe pedir que me fale de si, pensa q estou a ser intrometido de novo? – diz Gustavo, brincando.
N: Obviamente que não. Que sentido faria jantarmos juntos e nada conhecermos um do outro?
G: Tem razão! (ao mesmo tempo que o diz, solta uma pequena gargalhada, tão pura que colocou logo um sorriso na cara de Nicole.) Eu estou só um bocadinho nervoso – confessa, envergonhado.
N: Ahah, não me diga? A que propósito é esse nervosismo? Assim até me deixa de pé atrás... Sou assim tão má companhia? – pergunta Nicole, já com receio da resposta.
G: Não, não! Não me interprete mal. – pede Gustavo. É  exactamente o contrário! Tenho medo de fazer asneira consigo, confesso…
N: Ahh, fazer asneira, não é? Hum... Parece-me mais que vai fazer muito boa figura!
G: Eu espero que sim! Foi tudo um pouco repentino, não acha? ... Estamos a chegar. – e olha de relance para ela com um sorriso na cara.
N: Sim, na verdade... Acho. Mas não podemos fazer sempre tudo devagarinho, não acha? Pelo menos uma vez na vida, há que arriscar! – Nicole diz isto, para poder tranquilizar Gustavo. Uau, estou a adorar a vista! Já vi que tem muito bom gosto.
G: E acredite que não sou do tipo de homem que passa a vida a convidar mulheres que conhece num café para vir jantar! É, eu costumo vir para aqui apreciar a vista.
N: Ahahah, acredite que essa ideia nem sequer me passou pela cabeça!- descansa-o. Muito boa escolha - sorri.
G: Ainda bem! Quer escolher a mesa? – propõe Gustavo.
N: Pode ser aquela ali ao fundo? Estamos mais perto da janela. - responde Nicole, com um brilho no olhar.
G: A menina manda – brinca. (Ao mesmo tempo, puxa-lhe a cadeira, para ela se sentar.)
N: Mais uma vez , um cavalheiro! Obrigada.
G: Mais uma vez, a simpatia é merecida. - diz Gustavo, com um enorme sorriso nos lábios.
N: Então e quer já pedir, ou ficamos a conversar um bocadinho?
G: Podemos pedir já. Assim depois temos tempo para ir tomar um copo ou assim, se quiser... - o som na sua voz era reticente.
N: Sim, a seguir vê-se.
G: Hum… Estou a precipitar-me, não estou? - pergunta Gustavo, com um tom gozão. Mas, simultaneamente, com um toque de esperança.
N: Hum... Na verdade, até estou a achar piada, para ser sincera - diz Nicole; o calor nas suas bochechas fê-la desviar o olhar e sorrir. Mas nada como ir com calma. - afirmou num tom já mais sério.
G: Ok, peço desculpa, então... Mas vou querer saber mais sobre a rapariga que tenho aqui à minha frente. - diz Gustavo num tom decisivo e, ao mesmo tempo, convidativo a uma apresentação mais informal de Nicole. Neste momento, ela estava ansiosa por descobrir o que a noite, e principalmente Gustavo, lhe reservavam.

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